É um projeto socioambiental que atua na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro (Brasil), para transformar a relação da comunidade local com os resíduos. Por meio de pontos de coleta comunitários e da capacitação de moradores, promove a valorização dos resíduos plásticos como recurso, estimulando a economia circular e criando oportunidades de renda e protagonismo local.
Mais do que reciclagem, o PRS conecta comunidades, empresas e instituições em torno de soluções coletivas para reduzir impactos ambientais e gerar benefícios sociais. O nosso objetivo é mostrar que é possível enfrentar o problema da poluição plástica com inovação, inclusão e participação ativa da sociedade.
Por meio de programas de sensibilização e capacitação, o projeto busca fortalecer o protagonismo local, ampliar habilidades e transformar a forma como os resíduos são percebidos.
Pescadores, jovens, mulheres e moradores de favelas, muitas vezes excluídos dos sistemas formais de gestão de resíduos, são prioridade.
As formações incluem conteúdos sobre desenvolvimento socioemocional, treinamento de agentes ambientais e empreendedorismo circular.
No início do projeto, fizemos uma pesquisa a partir da escuta de mais de 600 moradores das três comunidades em que iremos atuar: Colônia de Pescadores Z-10, Complexo da Maré e Manguinhos. A partir dos resultados, desenvolvemos um diagnóstico socioambiental e, desse material, orientamos a forma do projeto.
Toda atuação do PRS só é possível em parceria com a inteligência coletiva dessas moradoras e moradores de territórios marcados por baixos índices de saneamento e limpeza urbana.
A base científica do Porto Reciclagem Social é conduzida por universidades e centros de pesquisa no Brasil e na Alemanha.
Seis bolsas de mestrado, intercâmbios acadêmicos e um programa robusto de pesquisa em polímeros marinhos sustentam a criação do “Marine Litter Recipe Book” — uma publicação open source que está reunindo dados e protocolos técnicos para transformar resíduos plásticos em novos produtos duráveis.
Essa iniciativa fortalece a inovação em reciclagem, capacita jovens pesquisadores e gera conhecimento aplicável globalmente a partir dos desafios da Baía de Guanabara.
É o núcleo técnico e de inovação do projeto, onde o plástico coletado é processado e transformado em produtos de maior valor, como embarcações e itens duráveis para moradores. No local, o material passa por etapas de separação, trituração, lavagem e secagem antes de ser convertido em matéria-prima para os novos produtos.